As palavras têm uma força muito grande. Elas servem para construir e edificar, mas também servem para destruir e soterrar. Uma palavra direcionada a uma pessoa sempre pode gerar um impacto. Quando eu falo algo que é verdadeiro e que ajuda a pessoa a se sentir bem ou a descobrir onde ela pode melhorar, a desenvolver o seu potencial, a perceber alternativas, a se lembrar e se estimular para dar o seu melhor e a ser a sua melhor versão, eu estou ajudando a construir.
Estou alimentando as conexões (dela comigo e consigo mesma) que irão ajudar na percepção realista e positiva de cada situação e poder, com isso, determinar a melhor forma de lidar com qualquer coisa e agir.
Entretanto, quando uso a palavra, mesmo “falando a verdade”, para diminuir, desqualificar, comparar, colocar uma pressão exagerada, limitar a pessoa a aspectos dela mesma, eu estou contribuindo para afetar negativamente (destruir) essa pessoa. Essas palavras podem levá-la a ter problemas de autopercepção, que acionam pensamentos negativos compulsivos e podem levar a problemas de saúde mental.
Qualquer pessoa que fale algo para nós de maneira agressiva, ou que enfatize os nossos aspectos negativos sem dar um devido suporte, sem mostrar um interesse positivo, sem dar a mão para ajudar, pode afetar a nossa saúde mental. E quando essa pessoa tem um poder de influência, seja formal ou informal, como um líder, suas palavras têm um impacto muito maior, e, portanto, nos efeitos que isso vai causar.
É muito importante estarmos conscientes desta reponsabilidade e do motivo que nos leva a falar determinada coisa, bem como o quanto isso vai ajudar a pessoa que recebe, dentro do universo dela, a enxergar melhor a realidade e a se desenvolver. Esse entendimento só é possível pela ampliação do nosso próprio nível de consciência, de entendermos o que está acontecendo, de nos basearmos em fatos, de fugirmos de julgamentos superficiais, de, no fundo, nos conectarmos com uma intencionalidade positiva.
Para isso, é necessário termos um propósito claro, o entendimento do processo de comunicação (que tem que ser efetiva, assertiva e positiva – não violenta) e do repertório e necessidades do receptor de nossas palavras, de uma capacidade de doação, entre outros.
Assim, vale a pena refletir: como é que você fala com as pessoas? Quais são os impactos que isso gera? O quanto que as suas falas inspiram o melhor nas pessoas ou as derrubam?
Ainda, como você fala (seus pensamentos) consigo mesmo/a? Você é gentil ou se diminui?
Essa reflexão é necessária para quem quer viver com mais equilíbrio e tranquilidade. Qual a sua realidade e o que você escolhe?
Texto escrito por Eduardo Farah
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