Instituições financeiras preparam demissões em massa para equilibrar os custos de pessoal e despesas financeiras com aquisições, manutenções de investimentos e maximizações de lucros. Diversas fintechs, startups e empresas do setor de tecnologia passam por situação de controle de custos com demissões de pessoal por não conseguir ou para minimizar efeitos de folha de pagamento sobre os custos fixos. A inflação e aumento de preços de custos está no radar sobre o aumento de equipamentos, mensalidades, aumento em contratos previstos, todavia as receitas projetadas sobre carteiras de investimentos, de clientes e de vendas não estavam na mesma frequência. Quando isso ocorre, a necessidade de reduzir custos é necessária.
O consumo também foi fortemente afetado desde a retomada de atividades e operações no pós-pandemia no final de 2021, desde então, há sinalizações para mudanças disruptivas em cenários e já foi debatido em diversas conferências, palestras, reuniões, debates, etc. Por exemplo, durante a pandemia, houve alteração na preferência na jornada de experiência de consumidores que passaram a valorizar experiências de compras, tornando o consumo mais efetivo e próximo de seu gosto. No estudo “Mudanças de Hábitos” da Adventures, o uso de novas tecnologias protagoniza a forma de atendimento ideal para a experiência ser aproximada com o novo cenário de relacionamento com clientes, nessa decisão, o investimento em mais tecnologia é o tema. O estudo mostra mais investimento para novas inovações em identificar como melhorar processos e tendências, mas uma redução para o quadro de pessoal em fazer mais com menos.
A empresa Layoffs.fyi contabiliza mais de 103 mil desligamentos em 344 empresas em 2023. Há um debate sobre como regular o setor tecnológico para proteção de um cenário mais conciso, um reflexo contra a dificuldade para qualquer momento de crise. Ainda não há um consenso sobre como organizar uma regulação e isso gera incertezas. Realmente, a incerteza é a pior questão para o cenário tecnológico que precisa lidar com finanças intangíveis enquanto concentra-se no fluxo financeiro de suas receitas. Corte de custos é a estratégia para efeito emergente.
Não começou agora. O enquadramento para que empresas de qualquer setor realize ações estratégicas para entender seu envolvimento em um equilíbrio financeiro previsível ocorre desde 2020 a partir da pandemia de COVID-19/Sars-CoV-2. De lá para cá, muitas águas passaram e estratégias estavam no radar para serem implementadas, todavia algumas foram adotadas, outras arquivadas e, nesse momento, há uma readaptação de custos para o equilíbrio que as organizações precisam. Ouso a opinar que algumas já estavam com essa estratégia em 2021, mantiveram razoavelmente em 2022 com fluxo de pessoas em seus quadros mais baixo e em 2023 precisaram ter uma posição mais drástica. Aí entra um outro tema sobre o efeito emergente: risco.
Para entender como o canal de negócios de uma empresa pode vender mais, ela precisa realizar estudos, tendências, comportamento de consumidores, usuários, fornecedores para fechar contratos com menores custos e conseguir melhores margens em um mercado que já nasce emergente. Sim, tudo para ontem, então, atrasado e com velocidade instantânea para modelar novas oportunidades. Passa pelo risco em investir, conhecer, risco também envolvendo tempo, dedicação, pessoal, pois poderiam estar operando outras questões importantes e responsabilidade para com o próprio negócio e marca. É uma complexidade gradual que precisa tornar-se simples para que seja revertida em bons números em qualidade, vendas e em recursos. A importância no entendimento de riscos está ligada diretamente proporcional na demissão que ocorre nas fintechs e empresas em geral nesse momento.
Um aspecto que possui importância sobre a adaptação de cada canal de venda que a empresa estuda é a postura da estratégia.
"Por mais brilhante que a estratégia seja, você deve sempre olhar para os resultados." (Winston Churchill)
"Se você não entende as pessoas, você não entenderá os negócios." (Simon Sinek)
"Estratégia competitiva são ações ofensivas ou defensivas para criar uma posição defensável numa indústria, para enfrentar com sucesso as forças competitivas e assim obter um retorno maior sobre o investimento." (Michael Porter)
Muitas outras frases podiam ser usadas, assim como exemplos práticos e teóricos sobre estratégia empresarial, financeira, de compras, comercial, etc, todavia o verdadeiro conhecimento que se aprende com ela é a sua construção, mais ninguém revela o “pote de ouro”. Há indícios de como empreendedores, visionários, empresários e investidores fizeram, mas não há uma ideia clara sobre como foi essa estratégia. Somente a própria pessoa que montou a estratégia poderia explicar verdadeiramente como aconteceu, tirando isso, não passa de opinião.
Alguns desses investidores até estão abertos para agendamento onde um usuário pode marcar uma reunião de negócio e adquirir uma estratégia, ou pelo menos uma aula de estratégia sobre como essa pessoa pensa, mas não passará disso. Muitos falaram que existe um pote de ouro no final do arco-íris, mas primeiro precisa elaborar uma estratégia para realizar esse feito, encontrar onde começa e onde termina o fenômeno, estar com equipamentos, pessoal, estrutura, recursos para eventualidades. No fim, já sabemos que assemelha-se muito a montagem de um negócio. Ficou faltando contratos, riscos, estudos, plano de negócios (muito importante), seleção do pessoal, os líderes de cada área, o CEO e demais responsáveis. Veja então que uma ideia emergente de trabalhar em uma área desconhecida envolve diversos fatores; quanto mais você identifica esses fatores em uma empresa, mais você percebe como é o seu trabalho e o que está envolvido.
Com os efeitos como a sazonalidade de fatores: riscos e aumento de custos, verifica-se que o efeito emergente para a tomada de decisão das empresas de tecnologia está em consonância com o mercado global. Talvez o que seja interessante analisar e possa levantar um debate caloroso é a rápida fase de contratações e onda de demissões que ocorreu em 2022-3. É bom lembrar que, para ocorrer mais investimentos e empresas estarem em fase de expansão, é necessária muita confiança no cenário político-econômico, relações estratégicas para a motivação dos canais de negócios, novas perspectivas para as empresas que demitem tenham confiança para manterem o mesmo passo e fase de contratações, mas não é o que é visto e acontece.
Realmente, um cenário diferente do que observa-se com o risco político, regulação, imprevistos para a confiança e continuidade do crescimento de negócios. E se nesse momento há uma intenção para o entendimento dos motivos que a demissão em massa acontece, é de se prever que o equilíbrio aconteça em breve para esse momento emergente passar e o mapeamento de novas oportunidades no setor tenha nova confiança também.
Texto escrito por Thales Kroth | 20/02/2023, é sócio na Eu Acionista e é colunista do Café com Comprador.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião do Café com Comprador e de seus editores.
Comments