Com o entendimento de que a inadimplência faz parte do negócio, o Superior Tribunal de Justiça entende que o comprador de imóvel não tem direito a obter de volta parcelas pagas. Também fica válido para quem decidir rescindir o contrato, perderá todo valor já pago a partir da alienação fiduciária, quando este imóvel é usado como garantia. Então, se as parcelas relativas ao financiamento que o comprador do imóvel possui não forem pagas, a instituição financeira pode apropriar-se do imóvel e levá-lo a leilão.
Segundo o ministro do STJ Me. Marco Buzzi, a aplicação da Lei 9.514/1997 o qual trata sobre o Sistema de Financiamento Imobiliário, trata-se de norma específica e posterior ao Código de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/1990. A única exigência é que todas as formalidades sejam devidamente respeitadas. O contrato de compra e venda com alienação fiduciária precisa estar devidamente registrado e o devedor, constituído em mora. Fontes: ConJur, Infomoney e Valor Econômico.
O risco de estar inadimplente quanto às prestação de imóveis são realmente muito sensíveis, pois o seu investimento que é a efetivação de um lugar para morar e a escolha que afeta sua vida são muito importantes. Acredito que esse risco está sempre presente independente de sua saúde financeira. Com essa visão, estabelecer seus critérios, pessoas e profissionais, ajustam-se com o formato desejado de pagamentos, sim, escolher inclusive se à vista ou a prazo também fazem a total diferença, enquanto o primeiro o problema se resolve, o segundo a questão é postergadas e a forma resiliente que você lidará com a coisa ditará o tom até o final para a quitação ou para dores de cabeça.
Quando a inadimplência estiver próxima deve-se ligar o sinal amarelo para se avaliar que o procedimento adotado não está dos melhores. Recomenda-se muito antes verificar a possibilidade de negociar as parcelas, ou mesmo a totalidade da dívida a pagar. O problema não está na dívida, mas em seu planejamento, pois deve fazer sentido para o seu momento de vida e como na sua programação de pagamentos.
Não gastar mais do que ganha é um pretexto confiável, todavia quanto a emergências, o que se faz? Realmente aí o bom senso e a prudência de estabelecer as prioridades precisam ser colocadas no papel, dívidas, contas de consumo, previdência, investimentos, filhos, saúde, também, por isso o posicionamento inicial é o mesmo para o desenvolvimento de toda a programação de contas.
Imóveis compactos, eventos imobiliários para investimentos, diversas tentativas para se aumentar a confiança do setor, negociações sob o aspecto de rentabilidades, enfim, são diversos aspectos que tentam capturar o apetite ao risco de investidores e compradores para o mercado imobiliário.
Se para a SPX Capital olha o mercado no Brasil e também EUA e Reino Unido para 2023 com bons olhos em gestão de ativos imobiliários, junto com a SYN Prop Tech possui R$1,9 bilhão em portfólio que inclui 7 empreendimentos e mais de 112 mil metros quadrados de área bruta; a SYN Possui mais de R$86 bilhões distribuições em estratégias diversificadas em multimercado marco, ações, crédito e private equity com escritórios no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido e Portugal, olhando também para a Ásia. Com informações de Marcel Reis, The Capital Advisor.
Aos poucos, o setor imobiliário começa a ter de volta a confiança para investimentos em locações, principalmente nos imóveis de alta e média renda com crescimento no segundo trimestre de 2022 conforme de divulgação de resultados de incorporadoras. Em entrevisa para Ana Luiza Tieghi da Valor Investe, Bruno Mendonça, analista do Bradesco BBI confirma: “Criou-se quase um consenso de que o segmento econômico estava melhor posicionado do que o de média e alta renda, e o que vimos no terceiro trimestre não confirmou isso”.
Na pesquisa do Sinduscon-PA ou Sindicato da Construção Civil do Estado do Pará com a CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção e o SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial revelam que a venda na Região Metropolitana de Belém caiu em 22,5% no segundo trimestre de 2022 em relação ao primeiro trimestre de 2022 e mostra que se 790 foram vendidos, 47,6% em relação ao segundo trimestre de 2021 quando houve 1170 emplacamentos. Com fonte de Elisa Vaz, O Liberal.
Diante destes números fontes e destas fontes, observa-se que apesar de uma recuperação ainda em progresso para a região sul e uma queda anual para a região norte, o Brasil terá melhor performance com mudanças mais pragmáticas quando outros setores cruzarem-se com o setor imobiliário. Entre outros argumentos, é na fundamentação que o setor se recupere junto da economia como um todo, como o turismo, negócios, investimentos, industrial e comércio e serviços, que aparecerá desenvolvimento melhor e com alto retorno, através do posicionamento de entrega e geração de valor de ativos.
Texto escrito por Thales Kroth | 01/11/2022, é sócio na Eu Acionista e é colunista do Café com Comprador.
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